sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

O tempo!

Já dizia o poeta, “O Tempo faz milagres”. Creio que no final das contas ele é o próprio milagre. Sempre temos a concepção de que o futuro nos reserva agradáveis surpresas, mas no fundo o que queremos é apenas que o presente nos tenha sentido, que valha a vida, hoje, aqui e agora, crendo que o amanhã virá tão certo como as batidas de nosso coração. Paro, reflito e me surpreendo mais e mais, com o que fui ontem, sou hoje, e desejo ser no futuro; por mais que eu tenha lapsos de um futuro esplêndido e grandioso (grandioso não por dinheiro, mas pela aquela Felicidade que excede todo o entendimento), no final das contas sempre sou tomado de grande surpresa pelas “peças” que o tempo me prega. É sempre bom recordar do passado, das brincadeiras vividas, do dia-a-dia sentido, e gargalhar de nossa imaturidade, que ainda insiste em nos acompanhar. A saudade é objeto direto do verbo chamado tempo, sentimento esse dotado de grande força; prefiro não aceitar o dito “só damos valor quando perdemos algo ou alguém”, mas sim, de que a distância só confirma aquele sentimento encravado na alma, e que o tempo só nos estimula a cultivarmos ainda mais. Hoje, sou mais um mortal, mais uma pessoa, entre as milhares que existem, mas certo de que não sou apenas um expectador do Tempo, mas um companheiro de viagem, cujo destino vai muito além de minha limitada visão, e tem como nome Etenidade, que não tarda em começar, pelo contrário, ela começa agora.

Texto escrito por Romel Corecha.

Nenhum comentário:

Postar um comentário